Dois dias na Capital Federal. Cá estou eu. A trabalho evidentemente. Sai na madrugada de hoje. Voo das 4:30. De casa sai as três. Agüentei a chatice da fila. Não dormi por opção. Sabia que não dormiria bem da meia-noite até as duas. Preferi virar direto. Cá estou. Nem sei quantas horas depois. Verdade que cochilei no avião. Praticamente impossível não fazê-lo. Depois que saímos de Salvador, nossa escala, foi anunciado que seria servido o café da manhã. Fiquei até animado. Eis que recebo minha ração. Em um pacote muito bonito, de papel laminado vermelho, como uma das cores da TAM, abri aquela caixa de Pandora. Deu vontade de voltar a dormir. O “café da manhã” consistia em uma torrada e um cookie. Eu estava mesmo era com sede. Muita. Esperei meia hora pelo acompanhamento líquido daquele maravilhoso desejum. Entre um suco de laranja e uma coca-cola nem preciso dizer o que preferi. Tomei logo dois copos. Comi apenas o biscoito. A bela torradinha voltou para de onde nunca deveria ter saído. Dormi mais um pouco.
Minha chegada no Planalto Central não foi como a de João de Santo Cristo. Acho que já vim aqui uma meia dúzia de vezes. Sempre a trabalho. Desta vez a cidade me recebeu com cara de ressaca, cara de segunda-feira, embora fosse terça. Manhã fria, chuvosa. Depois de algumas providências, fila para o taxi. Lasca, outra fila. Depois soube a razão: a culpa era do Ministério Público que resolveu investigar se os taxistas estavam lotando os porta-malas dos carros com pertences particulares, insdisponibilizando, assim, este espaço para os passageiros.
Informei o destino. Hotel Lakeside Resort. Já havia conferido a casa de pouso antes pela internet. Já havia gostado. Quando cheguei descobri que já havia estado hospedado no hotel vizinho, igualmente recomendável. Única desvantagem: aqui só tem hotel. Passear só se for dentro da propriedade ou no quintal da pousada do lado. Coisas de Brasília. Tudo arrumadinho, arrumadinho até demais diriam alguns. Mas eu até gosto da Capital, da sua organização. Avenidas largas, cada coisa no seu lugar. Uma maravilha. Tanta ordem só destoa da maioria dos trabalhos realizados aqui nessas paragens. Basta acompanhar os noticiários para perceber que Brasília é uma cidade ordenada onde impera, por vezes, a desordem.